05 nov 15 dicas para se tornar um ótimo redator digital
Todo mundo que trabalha na área tem uma boa dose de bom senso (ou espera-se!) pra escrever. Sabe as regras gramaticais, escrever com “começo, meio e fim” e conhece do assunto que está produzindo o conteúdo. Mas sempre é bom adicionar algumas boas práticas para deixar o trabalho ainda mais criativo e original.
Separamos 15 dicas para te ajudar no dia a dia do trabalho de redator. Algumas dicas são de postura profissional, outras sugerem um conhecimento um pouquinho mais aprofundado da língua portuguesa. Não é muita coisa e nem requer uma habilidade que seja nata do profissional. Mas são detalhes que podem fazer toda a diferença no resultado final do seu texto. (Salva no favoritos :-))
1 – Ser atualizado
Você não precisa saber sobre tudo o que está acontecendo no mundo. Afinal, “quem lê tanta notícia?”. Se a pergunta já fazia sentido em 1967, na música Alegria, Alegria, imagine agora na era da informação e da internet. Mas uma coisa é certa. Se você escolheu escrever sobre alguns temas, precisar estar atualizado sobre estes assuntos. Tem sempre de buscar informação nova e olhar a situação por novos ângulos. Não vale ler conteúdos da internet, fazer um mashup de tudo e entregar como texto original. Mas vale ler autores que estão disponíveis online, fazer sua análise e entregar a sua análise e percepção. Viu a diferença?
2 – Ser criativo
Sabe porque não existe falta de criatividade? Porque criatividade não é dom, é técnica. Criatividade não se ensina, se desperta. Não sei de quem é esta frase, mas faz todo o sentido. Criatividade é usar os recursos abaixo para chegar a um resultado útil para alguém:
- Pensar diferente
- Buscar o novo
- Fazer associações inéditas
- Buscar soluções inovadoras
- Pensar ao contrário
3 – Ser criterioso
Com a enxurrada de conteúdos na internet, e muitos deles super envolventes, é muito fácil cair em cilada. Lembre-se: para produzir conteúdo bom é preciso ler conteúdo bom! Uma dica é criar uma lista de fontes de consulta, para acompanhar sempre. Saber entender contextos também é fundamental. Lembre-se sempre: a internet não perdoa!
4 – Ser espontâneo
Ser espontâneo é ser original, simples e sincero. Não adianta tentar falar, ser ou escrever de um jeito que não reflete o que você é ou o que você pensa. E não precisar ter medo de passar vergonha. Para contar uma boa história vale tudo, até mesmo dar risada de si. O exemplo mais bacana dos últimos tempos foi do médico Dráusio Varella, que divulgou um vídeo na sua página do YouTube agradecendo pelos 50 mil assinantes no YouTube. Todo mundo adorou o jeito engraçado e espontâneo dele, o vídeo bombou e em uma semana o canal já contava com 100 mil assinantes.
5 – Ser empático
Apesar do senso comum, Propaganda não faz você comprar algo que você não precisa. O anúncio abaixo foi veiculado pelas agências de publicidade americanas para mostrar que é preciso muito mais que propaganda. Você só consegue convencer alguém se conhecer os seus sonhos, as suas vontades e os seus valores. Empatia é isso aí: colocar-se no lugar do outro para compreender seus desejos, seus sentimentos e suas expectativas. Busque entender os problemas e as necessidades do seu público e colocar esta informação em seu conteúdo.
6 – Estar realmente atento à gramática
Hoje a gente conta com programas de edição para ajudar a corrigir a maioria dos erros gramaticais. Mas não dá para contar apenas com a inteligência artificial do computador. Todo bom redator precisa zelar pela gramática. Tem de ter cuidado com a concordância, com a pontuação e com o uso correto das palavras. A língua está em constante mutação e sabemos que o português é cheio de detalhes. É preciso foco, atenção e cuidado para produzir um bom texto.
7 – Conhecer a etimologia
Não é uma obrigação, mas ajuda bastante na construção de texto mais rico e preciso. Etimologia é o estudo da origem e da evolução das palavras. Quem sabe brincar com as palavras, consegue ter um texto fluído, criativo e gostoso de ler. Alguém uma vez disse que as palavras são para o redator o que os tijolos são para o pedreiro, e eu concordo.
8 – Ter um bom vocabulário
Eduardo Martins, autor do Manual de Redação e Estilo do Estadão, costumava dizer que, em geral, há uma palavra para definir uma situação. Para ser preciso é necessário ter um bom vocabulário. A boa notícia é que a internet ajuda, organizando vários dicionários que socorrem o redator na hora de buscar pela melhor palavra ou expressão. Veja alguns aqui:
9 – Fugir dos vícios de linguagem
Os vícios de linguagem são feios, a gente aprende isso desde criança. Todo mundo já brincou com o “subiu pra cima” ou “entrou pra dentro”. Mas há vários outros que valem redobrar a atenção. Para lembrar: vícios de linguagem são palavras ou construções que deturpam, desvirtuam, ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor. O pleonasmo é o vídeo da repetição desnecessária. Outro vício que pode ser frequente é o chavão, o uso de frases ou expressões repetidas e desgastadas pelo tempo. Este vídeo aqui é divertido e vai ajuda-lo a relembrar os principais vícios de linguagem.
10 – Concentrar-se no que é melhor
O “melhor” nesta sentença refere-se ao formato do texto. Se as informações são do tipo instrucional, não há nenhum problema em produzir um texto do tipo tutorial. Você não precisa escrever sentenças longas para explicar algo que pode ser facilmente esclarecido em uma lista. O conteúdo deve ser pensado no melhor formato para agradar ou ser compreendido pelo leitor. Vamos facilitar, né!
11 – Ter foco
O conteúdo deve ser claro, direto e objetivo. Vá direto ao ponto para contar a sua história ou vender o seu diferencial. Prefira as frases curtas e na ordem direta. Assim, você evita que o leitor tenha de pensar para compreender o que você quis dizer.
12 – Fazer e refazer (ou não ser preguiçoso)
Chegar ao texto final é não ter medo (e nem preguiça) de fazer e refazer, trocar palavras, fazer novamente, trocar tudo de lugar, pensar em novo rumo… Dá trabalho escrever e produzir um bom conteúdo. Um dica é ler o texto em voz alta. Fica mais fácil escutar se está claro, se há algum vício de linguagem ou se o parágrafo está longo ou confuso. Quem puder contar com a ajuda de um revisor tem uma vantagem.
13 – Brincar com as palavras
Vocês sabiam que a nossa capacidade de memorizar sons é maior que a nossa capacidade de retenção de imagens. É por isso que você se recorda de slogans como “Abuse, use C&A” ou “Se é Bayer, é bom”. Escolha bem as palavras e escreva com ritmo. Fica gostoso de ler. Você também pode brincar com as palavras no texto.
14 – Pensar com duplo sentido
Se a brincadeira é boa, ajuda na fixação da mensagem. Mas avalie todas as possibilidades. As pessoas são sensíveis e você não quer machucar ou mesmo criar nenhum problema, certo? É preciso tomar muito cuidado com brincadeiras e ironias. Claro que não precisa abolir o bom humor do seu conteúdo. Basta tomar cuidado com temas polêmicos ou se posicionar de uma maneira bem explicada e clara. Não que o esclarecimento vá resolver todos os problemas, mas pode facilitar o entendimento geral do conteúdo e contexto.
15 – Ter uma boa história para contar
O cineasta Andrew Stanton (de Toy Story e WALL-E) compartilha o que sabe sobre contar histórias. Neste talk do TED (assistir aqui), ele diz que “todos nós amamos histórias. As histórias afirmam quem somos. Todos queremos confirmações de que nossas vidas têm significado.” É com o volume de conteúdo crescendo, boas histórias ajudam você a se diferenciar. Por isso, crie conexão com as pessoas, fixe ideias, inspire e motive. As mídias sociais facilitam a conversa!